sábado, 21 de julho de 2007

"Que fizeste do amor?" Irmão Silencio, Trapista

Há encontros fortuitos que se revelam marcantes. Ter encontado este homem em Abril de 2002 foi de extrema importância para que eu tenha crescido, aberto o meu coração e os meus olhos para a espiritualidade, para a Fé (não quero dizer que ele tenha sido o único responsável, há outras pessoas também sem as quais eu não estaria a trilhar os caminhos que trilho). Com este encontro e com outros ficou demonstrado como a net pode ser ponto de encontro, troca de ideias, apoio mútuo, evangelização, Foram cerca de 2 anos de acompanhemento espiritual.
Uma sua frases que retenho e que medito pois acho que sintetiza a base da Fé:

"O Pai jamais diz NÃO mas um ESPERA mesmo que os teus pecados sejam uma floresta que rompe os caminhos da tua alma com as suas raizes do mal. Espera no Senhor e sê misericordioso O dia virá do ENCONTRO e as suas palavras jamais serão o que fizestes? mas sim onde deixaste semeado o Amor que te ofereci naquele dia em que ambos nos encontramos?"

Amor! Sempre e só o amor.
Onde semeaste o amor que EU te ofereci. Eu dei-te amor para tu o colheres cem por um e dares amor, que fizeste dele?

sou remetida para o Hino ao amor da carta do Apóstolo S. Paulo aos Corítios numa tradução do Padre José Tolentino Mendonça


Se eu falasse as línguas dos homens e até as dos anjos,
mas não tivesse amor
seria bronze que soa ou címbalo que tine.
Se tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os
mistérios e todos os
saberes,
se a minha fé fosse a ponto de mover montanhas,
mas não tivesse amor, eu nada seria.
Se repartisse pelos pobres tudo quanto tenho, e meu
corpo entregasse às
labaredas
mas não tivesse amor, nada ganharia.
0 amor paciente, repleto de bondade,
amor que desconhece inveja e não ostenta orgulho,
amor sem vaidade, que descura o próprio interesse,
e não se irrita e não suspeita mal,

o amor que não colhe alegria da injustiça, mas se alegra
com a verdade;
tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
0 amor jamais acabará:
há um tempo em que vacilam as profecias, as línguas
emudecem e o saber
desaparece
porque só em parte conhecemos e só em parte
profetizamos,
mas quando chega a perfeição
os limites apagam-se.
Quando eu era criança, falava como criança,
sentia como criança, pensava como criança:
quando me tornei homem abandonei
as coisas de criança.
Agora vemos por um espelho, e de maneira obscura, o
que depois veremos facea face.
Agora conheço apenas uma parte, mas então
conhecerei
conforme também sou conhecido.
Agora permanecem fé, esperança, amor, todos juntos.

Mas o maior de todos é o amor.

Onde quer que estejas, Irmão...

"Sanctus, Sanctus, Sanctus..."

Amen






2 comentários:

Maria-Portugal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Vem.

Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.

Entendamo-nos pelos pensamentos, sem língua, sem lábios.

Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino.

Fujamos dos incrédulos

que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.

Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um, falemos desse outro modo.

Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma?

Vem, conversemos assim.

Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.

Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.

Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.

Vem, se te interessas, posso mostrar-te."


Texto extraído do livro "Poemas Místicos" do brilhante poeta sufi Jalal Ud-Din Rumi; Editora Atta

as almas atravessam o espaço e o tempo,sem limites..para se apoiarem no AMOR!