Semana das Missões
Interessante como o conceito de Missão tem evoluido e ainda bem. Antigamente as Missões eram aquelas que levavam os nossos Monjes e Monjas todos frescos, lavados e passados a ferro e os devolviam a eles de barbas até a meio do peito, já esbranquiçada, a péle dos braços e do resto dos rostos e cabeça já calva tisnadas dos soles dos trópicos e com uma pronúncia estranha e elas também tisnadas, mangas dos hábitos arregaçadas e num certo desalinho reflexo de anos a, para além de falerem em palavras sobre Deus, a demonstrarem-no na prática ao ajudarem a nascer, a cuidar, a vacinar, a letrar os povos das áfricas e ásias "pertença" de Portugal e a gente a fazer recolha de escudos nas escolas para as Missões que nem sabiamos o que eram nem onde ficavam.
Agora, para além dessas Missões há-as pertinho de nós nos bairros degradados, nos becos da droga, nas franjas dos excluídos das nossas sociedades de fartura e consumismo e é para aí que se voltam os olhares dos Cristãos. Voltam???? Deveriam voltar e aí fazermos cada vez mais Missão. Os "santos da casa" têm e devem fazer acontece milagres de multiplicação de Pão da palavra e de Pão que alimenta os estômagos enfraquecidos pela miséria muitas das vezes envergonhada e escondida atrás de tabiques. Não basta distribuir a sopa dos pobres, é preciso ir mais longe. O difícil é saber como e encontrar forças para se fazer Missionário de seres sem vontade, sem forças, sem perspectivas de vida.
É sempre a mesma questão de nos dispormos a ser instrumentos de Paz, pois a Paz, a tal que excede todo o entendimento passa por alimento, cuidados básicos de saúde, pela sobrevivência. Não se pode falar de Deus a quem tem fome de tudo.
Abraços fraternos
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