quinta-feira, 4 de março de 2010

Retiro na cidade - 7


imagem retirada daqui: http://iapropiedade.blogspot.com/


A Palavra de Deus


7Nas vossas orações, não sejais como os gentios, que usam de vãs repetições, porque pensam que, por muito falarem, serão atendidos. 8Não façais como eles, porque o vosso Pai celeste sabe do que necessitais antes de vós lho pedirdes.»
Evangelho segundo São Mateus 6, 7 e 8

A nossa oração somos nós


No sentido não religioso do termo, nas múltiplas palavras que tecem a vida social, «orar. (Tradução do termo francês prier que traduzido à letra seria pedir)», é solicitar, implorar, suplicar, convidar, pedir, mandar vir. Resumindo, pelas orações (pedidos), nós dirigimo-nos a alguém para obter dele qualquer coisa.

Não é assim, diz-nos Jesus, que temos de estar no retiro da oração. E ele está feliz porque assim seja! A oração faz-nos amar o silêncio. Encontramos nele o repouso. Nós levamos connosco, certamente, preocupações e inquietações com numerosos rostos. Mas isso Ele sabe-o, vê-o, Aquele que está alí connosco no quarto do nosso coração. A nossa oração, os nossos pedidos, somos nós ! Assim não nos arriscamos a esquecer o que quer que seja ou quem quer que seja nas nossas orações. E ainda mais tranquilizador, Deus ouve o apelo que o nosso ser presente na Sua Presença lhe endereça em silêncio. Ele age por nós e por aqueles que nós levamos connosco à Sua presença, sem tardar. Sem dúvida não como imaginamos, mas quem sabe exactamente o que é correcto e bom ?

Mais à frente em São Mateus, Jesus convida-nos a pedir «coisas boas» (Cap 7, versículo 11) Quais? Mas em São Lucas, Jesus di-lo por palavras que conduzem a oração ao espaço do silêncio: « Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!»

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