terça-feira, 20 de novembro de 2007

Zaqueu- Quero ver Jesus


Zaqueu e Nicodemos são os meus "herois".


"Engraçado" (este meu engraçado é ssim como o "isto é assim", é recorrente) que eu quando leio ou ouço ler a história de Zaqueu imagino um homem muito pequeno a correr no meio da multidão e a ser acotovelado por uns e outros, aos saltinhos a tentar ver Aquele atrás de quem corriam multidões e ao concluir que nunca veria Aquele que lhe suscitava tanta curiosidade (Apenas curiosidade??? Não creio) viu aquele sicómero não muito mais alto q ele (será igual ao que tenho à porta da minha casa?) trepou a correr, não fosse Aquele homem passar sem que ele O visse e quando Ele pronunciou o seu nome corou atá à raiz dos cabelos, encolheu-se, ficou, ainda, mais pequeno (como seria possível que Aquele a quem chamavam de Mestre e até de Filho de Deus soubesse o seu nome? Que iria Ele dizer?? Que não era digno de sequer subir a uma árvore para O ver?? Os seus olhos desviaram-se do rosto de Jesus, as mãos tremeram-se-lhe agarradas aos ramos e o pé resvalou-lhe tronco abaixo... Jesus falou, vai para casa que Eu hoje quero lá ficar. Peplexo aquele homem baixinho correu com asas nas sandálias que calçavam os seus pés, tropeçou nas vestes ricas compradas com o suor dos seus irmãos, conseguiu manter-se em pé, lágrimas de alegria a lavarem-lhe o rosto. Ele iria ver o rosto de Jesus, saber na primeira pessoa quem era Aquele atrás de quem corriam multidões.


Se ao menos eu fosse um bocadinho como Zaqueu, quizesse, de facto, ver Jesus. Não nas milhares de imagens que fazem/fazemos dele, louro quase sempre, negro muito poucas, mas nos rostos sofridos dos doentes de SIDA, no rosto de TODOS os excluidos e marginalizados, dos que não têm nem direito a terem direito de sobreviver.

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