quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Feliz Natal Jesus

Há muita solidão por esse mundo fora e gente que terá chorado amargamente ausências de afectos, de pessoas durante este dia. Será que Jesus Nasceu mesmo? Que estes dias, para além da festa, do consumo do supérfulo, de nos terem "roubado" o Presépio e o Menino Jesus e nos terem impingido um gordo barbudo, nos sirvam para nos interrogarmos (nós os Cristãos) se Jesus nasceu, de facto, nas nossas vidas.
De Miguel Torga
NATAL
Outro natal,
Outra comprida noite
De consoada
Fria,
Vazia,
Bonita só de ser imaginada.

Que fique dela, ao menos,
Mais um poema breve
Recitado
Pela neve
A cair, ao de leve,
No telhado.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Mês de Maria- O meu



Porque Maria disse sim;
Porque ser Mãe implica haver Pai;
Porque ser Mãe quer dizer ter Filho;
Porque Filho, Pai e Espírito operam maravilhas e por isso à Mãe chamarão Bem-aventurada todas as gerações;
Porque dia 8 é o dia que sempre foi e será para mim o Dia da Mãe (para além dos outros todos em que a minha Mãe que me gerou está e estará presente na minha vida);
Porque é Natal;
Porque O único porquê é Ele
ofereço-vos esta imagem que fiz em Assis

E este poema de José Carlos Ary dos Santos

Avé Maria do Povo


Avé Avé Maria
mulher de um carpinteiro
e mãe do homem novo
Senhor do mundo inteiro.

Avé mulher do povo
Maria camponesa
que trazes sangue novo
ao corpo da tristeza.

Ouve esta nossa voz
nós vos rogamos por nós
por nós que estamos sós
e quase abandonados.

Senhora da má sorte
sem culpa concebida
nós não pedimos a morte
nós só pedimos a vida.

Ouve esta nossa voz
nós rogamos por nós
por nós que estamos sós
e mal-aventurados.

Senhora da ternura
senhora da alegria
teu fruto está maduro.
É quase um novo dia.

Natal Natal

domingo, 16 de novembro de 2008

Onde estão os talentos que te dei?



Hoje é o XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Evangelho é um dos meus favoritos


Evangelho segundo S. Mateus 25,14-30.

«Será também como um homem que, ao partir para fora, chamou os servos e confiou-lhes os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada qual conforme a sua capacidade; e depois partiu. Aquele que recebeu cinco talentos negociou com eles e ganhou outros cinco. Da mesma forma, aquele que recebeu dois ganhou outros dois. Mas aquele que apenas recebeu um foi fazer um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Passado muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e pediu-lhes contas. Aquele que tinha recebido cinco talentos aproximou-se e entregou-lhe outros cinco, dizendo: 'Senhor, confiaste-me cinco talentos; aqui estão outros cinco que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, em seguida, o que tinha recebido dois talentos: 'Senhor, disse ele, confiaste-me dois talentos; aqui estão outros dois que eu ganhei.’ O senhor disse-lhe: 'Muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu senhor.’ Veio, finalmente, o que tinha recebido um só talento: 'Senhor, disse ele, sempre te conheci como homem duro, que ceifas onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, com medo, fui esconder o teu talento na terra. Aqui está o que te pertence.’ O senhor respondeu-lhe: 'Servo mau e preguiçoso! Sabias que eu ceifo onde não semeei e recolho onde não espalhei. Pois bem, devias ter levado o meu dinheiro aos banqueiros e, no meu regresso, teria levantado o meu dinheiro com juros.’ Tirai-lhe, pois, o talento, e dai-o ao que tem dez talentos. Porque ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. A esse servo inútil, lançai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes. ‘»


Muitas vezes temos conhecimento de que é necessário colaborar em diversas tarefas na sociedade em que estamos inseridos, quer nas coisas da Igreja, quer em trabalhos voluntários de apoio aos que precisam. Arranjamos mil e uma desculpa para não sairmos de casa e não colaborarmos seja no que for. A principal desculpa é: eu não sei fazer isso, não sei cantar, não sei falar, não sei ensinar, não sei fazer nada. Não nos lembramos de que nenhum de nós ou quase nenhum somos especialistas, apenas temos boa vontade e se não temos 10 talentos teremos pelo menos um e esse pode ser essencial para alguma tarefa que mais ninguém sabe fazer ou para ajudar a quem já tem alguma experiência. Portanto façamos render esse único que temos ou se temos mais escolhamos aquele que mais falta faz. Não escondamos os nossos talentos, ponhamo-los a render.

sábado, 4 de outubro de 2008

Meu São Francisco

Hoje é o seu dia e eu peço ao Pai que me faça instrumento e que eu acima de tudo deixe que Ele me faça sempre Seu instrumento da Paz.

Paz e Bem






Angelo Branduardi - Il Cantico delle Creature

A Te solo buon Signore
si confanno gloria e onore
a Te ogni laude et benedizione
a Te solo si confanno
ché l'Altissimo tu sei
e null'omo degno è
Te mentovare.

Si laudato mio Signore
con le Tue creature
specialmente Frate Sole
e la sua luce.

Tu ci illumini di lui
ch'è bellezza e splendore
di Te Altissimo Signore
porta il segno.

Si laudato mio Signore
per sorelle Luna e Stelle
ché tu in cielo le hai formate
chiare e belle.

Si laudato per Frate Vento
aria, nuvole e maltempo
che alle tue creature
dan sostentamento.

Si laudato mio Signore
per sorella nostra Acqua
ella è casta, molto utile
e preziosa.

Si laudato per Frate Foco
che ci illumina la notte
ed è bello, giocondo
e robusto e forte.

Si laudato mio Signore
per la nostra Madre Terra
ella è che ci sostenta
e ci governa
Si laudato mio Signore
vari frutti lei produce
molti fiori coloriti
e verde l'erba.

Si laudato per coloro
che perdonano per il tuo amore
sopportando infermità
e tribolazione
e beati sian coloro
che cammineranno in pace
ché da Te buon Signore
avran corona.

Si laudato mio Signore
per la Morte Corporale
che da lei nessun che vive
può scappare
e beati saran quelli
nella Tua Volontà
ché Sorella Morte
non gli farà male.

Esta é uma das interpretações da Oração de S Francisco que mais gosto. Pelo autor da música que tão bem a canta: Fagner

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Vós me seduziste



Do conjunto das Leituras e Evangelho do passado Domingo foi exactamente a primeira leitura que mais me calou fundo na alma.

Jer 20,7-9

Vós me seduzistes, Senhor, e eu deixei-me seduzir;
Vós me dominastes e vencestes.
Em todo o tempo sou objecto de escárnio,
toda a gente se ri de mim;
porque sempre que falo é para gritar e proclamar:
«Violência e ruína!»
E a palavra do Senhor tornou-se para mim
ocasião permanente de insultos e zombarias.
Então eu disse:
«Não voltarei a falar n’Ele,
não falarei mais em seu nome».
Mas havia no meu coração um fogo ardente,
comprimido dentro dos meus ossos.
Procurava contê-lo, mas não podia.

Fui eu a lê-la na nossa Eucaristia e acredita que me falhou a voz várias vezes. As diversas traduções da leitura usam, umas, a palavra sedução, outras a plavra cativar e ambas significam uma persistência, um trabalho contínuo de conquista do outro. Sim, o Pai não baixa os Seus braços no jogo amoroso com que nos quer seduzir e nós temos, apenas e só que nos abandonarmos confiantes de que só seremos felizes deixando-nos amar por esse amor louco com essa loucura com que só Ele sabe amar, loucura, sim, pois só quem ama loucamente se dá da forma como Deus Se dá dando o Seu filho unigénito, ÚNICO, para que aprendamos e vivamos o AMOR. Agora será que estaremos interessados em sermos amados e amarmos dessa forma? Será que nos abandonamos a esse amor? É que também não é fácil assumirmos uma paixão embaraçosa, uma paixão que nos exige, também, um amor sem limites ao OUTRO, ao vicioso, ao doente da alma e do corpo, áquele de quem desviamos o olhar e cuspimos no chão ou mesmo cuspimos no rosto como cuspiram no rosto do Ecce Homo. Somos tão frágeis, mas como Paulo/Saulo temos de ser fortes quando somos fracos e só "nEle poderá descansar a nossa alma". Que sintamos esta atracção e vamos mais longe e sintamos que nos é impossível não corresponder a esse amor apaixonado e digamos como Jeremias " havia no meu coração um fogo ardente, comprimido dentro dos meus ossos. Procurava contê-lo, mas não podia." e só assim poderemos fazer o que Paulo nos pede na Segunda leitura retirada da sua carta aos cristãos de Roma

"Peço-vos, irmãos, pela misericórdia de Deus,
que vos ofereçais a vós mesmos
como vítima santa, viva, agradável a Deus,
como culto racional.
Não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos,
pela renovação espiritual da vossa mente,
para saberdes discernir, segundo a vontade de Deus,
o que é bom,
o que Lhe é agradável,
o que é perfeito.

E assim pegarmos na cruz e seguirmos o Mestre do Amor, sem reservas como Ele exige a Pedro.

Cativa-me Pai, seduz-me e que eu te ame sem limites nem reservas no OUTRO.


SALMO 62 (63)

Refrão:

A minha alma tem sede de Vós, meu Deus.
Senhor, sois o meu Deus: desde a aurora Vos procuro.
A minha alma tem sede de Vós.
Por Vós suspiro,
como terra árida, sequiosa, sem água.
Quero contemplar-Vos no santuário,
para ver o vosso poder e a vossa glória.
A vossa graça vale mais do que a vida;
por isso, os meus lábios hão-de cantar-Vos louvores.

Assim Vos bendirei toda a minha vida
e em vosso louvor levantarei as mãos.
Serei saciado com saborosos manjares,
e com vozes de júbilo Vos louvarei.

Porque Vos tornastes o meu refúgio,
exulto à sombra das vossas asas.
Unido a Vós estou, Senhor,
a vossa mão me serve de amparo.


Sugiro:http://www.agencia.ecclesia.pt/cal/54/default.asp?jornalid=54

Abraço fraterno

Ana

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Fórmulas


Quando é dito: que Deus esteja com este ou com aquele e em muitas circunstâncias de, principalmente de dor ou perda, penso sempre que Ele está SEMPRE com todos independentemente das tais circunstâncias, nós é que nem sempre estamos com Ele, o aceitamos, o sentimos. Gosto das fórmulas: "Vai com Deus", “fica com Deus”, estas sim representam o livre arbítrio de O aceitarmos nas nossas vidas, de irmos com ou estarmos com Ele seja para onde for que Ele vá e aqui eu lembro-me da belíssima oração do Abandono, não sei o que queres de mim, mas seja o que for eu aceito e é nesse ponto que eu titubeio o FIAT assim quase sem voz porque eu não consigo abandonar-me, não consigo dizer que se faça em mim a vontade do Pai, seja ela qual for pois tenho medo de “perder” o que conheço, o conforto do imediato, as coisas que são “minhas” (pois nada é meu), os objectos, as pessoas, tudo o que tenho como certo. Tantas, mas tantas vezes me apetece aninhar abandonada no colo do Pai/Mãe e esperar que os Seus dedos me afaguem a cara, me despenteiem, me sequem as lágrimas e ficar a dormir sem hora para nada, sem pensar na vida que tem que ser vivida pois o tempo não espera… e eu perplexa a ver que os meus cabelos ficaram entretanto mais brancos, nada esperou, só Ele está lá, braços abertos pois o tempo dEle não é o meu tempo, mas é bom que eu não me “atrase” no que é preciso ser feito antes do fim do meu tempo pois apesar da Misericórdia eu quero estar na eternidade feliz por ter feito render todos os meus talentos. Tenho 55 anos, já vivi mais de metade do meu tempo…será que fiz tudo o que poderia/deveria ter feito? O meu tempo escasseia, será, Pai, que fui fiel ao teu projecto? Será que me abandonei minimamente? Pai, qual o teu projecto para mim? Será que me fiz instrumento da Tua Paz sempre que precisaste ou alguém precisou? Será que eu neste momento faria a minha Páscoa de forma a ser acolhida por Ti com olhos de verem o Teu rosto?



Pai…!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Oportunidade a não perder


Um ano com Paulo de Tarso – aprender a esperança
A proclamação pelo Papa Bento XVI do Ano Paulino iniciado a 29 de Junho passado, assinalando os dois mil anos do Apóstolo Paulo, pode e deve constituir um bom pretexto para aprender alguma coisa com o Apóstolo dos gentios, ou seja, dos não-judeus.Ele que foi um judeu culto e rigorosamente observante do Judaísmo, levou a sua condição de fariseu até ao extremo de perseguir os primeiros cristãos. Dele se diz que “devastava” a Igreja. No entanto, o mesmo intransigente fariseu, mediante uma forte experiência de conversão, acaba tornando-se um discípulo apaixonado e um fogoso apóstolo de Jesus Cristo.Do muito que se pode aprender com Paulo, a partir dos seus escritos, a esperança é, claramente, um dos núcleos duros da sua mensagem. Ela tem a sua raiz no paradoxo da vida cristã. É que, a originalidade cristã está no facto de, mediante a Ressurreição de Jesus, a presença do mundo novo desejado por Deus para todos os humanos, já ser uma realidade em acção na história humana, embora de forma oculta. Contudo, é também uma presença ainda não plenamente manifesta, porque sempre-a-vir até à volta gloriosa e definitiva de Jesus, isto é, quando Deus for “tudo em todos” na expressão do próprio Paulo.A existência cristã vive-se neste tempo que medeia entre aquele já e o ainda não, em que todos os cristãos já vivem do Espírito Santo, mas esperam ainda o que o Apóstolo chama a “adopção filial e a libertação do nosso corpo” (Rom. 8, 18-23). É o tempo da esperança.Como diz o biblista Ravasi, a Esperança, parecendo a menor das três virtudes teologais, incluindo a Fé e a Caridade, é ela, no entanto, que leva pela mão aquelas duas virtudes maiores do Cristianismo. Ela manifesta-se como esperança física em todo o esforço humano por manter as pessoas de pé. Ao mesmo tempo, como esperança espiritual, traduz-se no Perdão que encoraja e permite retomar a vida, até mesmo quando ferida pelo desespero. É uma Esperança que volta para o futuro abrindo a história humana para a “utopia” da Jerusalém nova ou da vida em plenitude.Uma vez que, na perspectiva paulina, toda a Criação está ferida e sofre as “dores de parto”, também a Igreja participa da mesma dor. Com Paulo, herói da Esperança, ele sabe que a Primavera trabalha a terra e a criação inteira que Deus visita sempre de novo.Diante da dor sem esperança de tantos homens e mulheres, compete à Igreja ser testemunha da compaixão e uma presença que não julga ou um silêncio que acolhe o seu grito encaminhando-o para a Palavra de Deus feita carne na pessoa de Jesus Cristo.Nesta viagem humana feita no tempo, Paulo pode ser um guia ajustado às próprias circunstâncias em que se encontra a Igreja de hoje. Resta esperar que o Ano Paulino se revele uma feliz oportunidade a não perder.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

"Eu sou o Pão vivo que desceu dos Céus...


para dar a vida ao mundo."
"Ficarei convosco até ao fim dos tempos"
"Quem comer da minha carne nunca mais terá fome"

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Na tribulação e na alegria eu louvarei o meu Senhor




Hoje e sempre eu louvarei o meu Senhor




Hoje "despedi-me" dos meus colegas com quem trabalhei nos últimos dois anos. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje os meus Pais completaram 62 anos de casados. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje senti alguns que amo longe de mim. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje tive inveja e fiquei intratável. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje estive na igreja na adoração ao Santíssimo. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje não rezei as horas sozinha, mas na igreja em Comunidade. Eu louvarei o meu Senhor;


Hoje o Pai sabendo como gosto de fazer leituras na igreja deu-me esse gosto. Eu louvarei o meu Senhor;

Hoje ao tentar "brilhar" na Leitura breve em vez de Apocalipse de João disse Actos dos Apóstolos. Eu louvarei o meu Senhor.




O Senhor omnipotente nos dê uma noite tranquila e no fim da vida uma santa morte




Amen


Oração da manhã


Oração da Manhã


Senhor,

no silêncio deste dia que amanhece

venho pedir-te a Paz, a Sabedoria,

a Força;

Quero olhar o mundo com olhos cheios

de Amor,

ser paciente, compreensiva,

mansa e prudente;




Ver para além das aparências Teus Filhos


como Tu mesmo os vês, e assim não ver senão


o Bem em cada um!





Cerra os meus ouvidos a toda a calúnia.


Guarda a minha língua de toda a maldade.


Que só de bençãos se encha o meu espírito





Que eu seja tão bondosa e alegre,


que todos que se acheguem a mim


sintam a Tua Presença!





Reveste-me da Tua Beleza, Senhor


e que no decurso deste dia


EU TE REVELE A TODOS





Amén!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Maria a Máe


Foto de Ana Loura (Museu do Vaticano)
Favor clicar na imagem
Hoje saí da Eucaristia com aquela pergunta de Jesus a "bater-me" na cabeça: E vocês quem dizem que sou? Mais uma vez e sempre: Nós quem dizemos que Ele é? e voltei áquele texto que escrevi há tempos: "Jesus quer ser uma questão de Fé. Lembram-se que Ele disse a Pedro Vai-te Satanás pois só entendes as coisas dos homens??? Isto mais ou menos assim. Eles estavam à espera de um libertador guerreiro com exército, "mas" Jesus saiu-lhes o Filho, o Verbo encarnado e isso é a tal questão de Fé de que falei.

Cheguei a casa e comecei a procurar uma fotografia da minha autoria para ilustrar a ideia e "encalhei" nesta do Filho no colo de Maria Sua Mãe e lembrei-me do post que a nossa Maria colocou em que se fala de Maria Mãe silenciosa do Filho. Ei-la, a mulher do Fiat "cego" ao plano salvítico do Pai.

Gosto muito desta foto. É vossa
Abraço fraterno
Ana

domingo, 11 de maio de 2008

Vinde...!


Hoje não haverá lugar nenhum onde estejam açorianos e não haja qualquer festejo em honra do Divino Espírito Santo. O meu voto é que estes festejos não sejam realizados, apenas, porque é tradição. Que o irmanar, o transformar dos nossos corações e nossas vidas pela acção do Espírito "que sopra onde quer", seja um acto voluntário e consciente e "será renovada a face da Terra"

Abraços fraternos

Ana

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Erguer muros ou abrir portas?


Opinião
Erguer muros ou abrir portas?
Não terá sido por mero acaso que, nos evangelhos, Jesus tenha preferido apresentar-se a si próprio não em termos de “muro”, mas sim, em termos de “porta”.
São bem conhecidos os muros de betão. De vez em quando há um que cai como o muro de Berlim. Mas há outros que se levantam como aquele que foi construído para separar Israelitas e Palestinianos. Isto, sem contar com os muros de incompreensão, de injustiça, de desigualdade, seja entre famílias, pais e filhos, entre casais, vizinhos, inclusive, entre povos e diferentes estratos sociais. A lista dos muros podia ser longa.
Ora, como se sabe, uma porta é uma abertura num muro. É ela que permite não ter de se ficar condenado a permanecer num só dos lados do muro. Permite entrar e sair. Ao apresentar-se como “porta”, Jesus revela que o mal do mundo e da pessoa humana está na cedência à tentação de fechar-se sobre si próprio, ao ponto de não deixar lugar, em última instância, à escuta da mensagem libertadora de Deus.
Precisamente, a Páscoa vem lembrar-nos que Jesus veio ao encontro da condição humana para abrir todos os muros de betão ou outros, até o último de todos que é a morte, permitindo a ultrapassagem de todos eles. Apresentado como Aquele que se deixou trespassar nas mãos, nos pés e no coração, a ressurreição de Jesus representa a abertura que dá acesso ao outro lado dos muros que cercam a existência humana. É uma porta de salvação que ninguém poderá fechar, como indicam as suas próprias palavras: “Quem entrar por mim será salvo”.
É a luz de Jesus, qual porta de salvação e não muro, que deve ser entendida a vocação cristã e a missão da Igreja no mundo. Neste sentido, mais do que erguer muros na sua salvação com as novas realidades do mundo e da vida das pessoas, impõe-se-lhe abrir portas de acolhimento, compreensão e misericórdia. É que a, a Igreja de Jesus nasce, por expulsão da comunidade judaica instalada nos seus ritos e suas fronteiras muito definidas, como Igreja do êxodo, da itinerância e de uma peregrinação nunca acabada de um povo livre a percorrer a história com Jesus Cristo à frente.
Enquanto “porta”, é por Jesus Cristo que se entra como membro daquele povo livre que Deus quer fazer seu, tal como pela mesma “porta” todos os elementos que integram o mesmo povo, são impelidos a sair para fora, a viver a sua condição cristã, não obrigados ou protegidos, mas expostos, não como sedentários, mas como nómadas ou em viagem, manifestando, pela sua participação e presença em todas as causas verdadeiramente humanas, o espírito de serviço, de entrega e de gratuidade que animou Jesus nos combates de total e efectiva libertação.

In Jornal Diário
2008-04-14 03:57:00

terça-feira, 8 de abril de 2008

Do acontecimento pascal ao encontro dominical


Do acontecimento pascal ao encontro dominical


Como dizia um comentador da Liturgia dominical, tempos houve em que era necessário ter coragem para não ir à missa ao domingo. Hoje, ao que parece, é preciso ter alguma coragem para lá ir! O encontro dominical aqui em questão – a celebração eucarística – foi inaugurado por Jesus com os seus discípulos. O Ressuscitado da manhã de Páscoa apareceu-lhes no “primeiro dia da semana”. Ora, oito dias depois, os mesmos discípulos encontravam-se, de novo, em casa, quando Jesus se veio colocar no meio deles. Daí por diante, os Apóstolos e, com eles, a primeira comunidade cristã mantiveram-se fiéis a este encontro com Jesus vivo, em cada primeiro dia da semana, a partir daí designado como “Dia do Senhor”. De facto, diz-se dos primeiros cristãos que “eram assíduos à escuta da Palavra, à comunhão fraterna, à fracção do pão e às orações”. Verdade seja que esta assiduidade não parece ter sido sempre fácil, pois que o autor da Carta aos Hebreus avisa os seus leitores: “Não deserteis da vossa assembleia como alguns têm o costume de fazer”. Eis um problema que não parece ser só de hoje! Ao participarem no encontro eucarístico dominical, os cristãos inserem-se numa corrente que vem de há dois mil anos e que tem a sua origem no próprio Jesus Cristo, o Ressuscitado, ou seja, Aquele Jesus, conhecido como Homem pelos discípulos, mas sobre o qual, o incrédulo Tomé, por estranho que pareça, faz a primeira confissão de fé, afirmando Jesus Ressuscitado seu Deus! Isto mesmo é o que faz a Eucaristia dominical ao proclamar o mistério da fé cristã, permitindo aos participantes aprofundarem o desejo de uma cada vez maior união Àquele que tendo sido morto, vive para sempre. Para o padre Michel Scouarnec, com obra feita no domínio da música litúrgica, um desafio pascal relacionado com o encontro eucarístico dominical tem a ver com a descoberta pelos cristãos do gosto da fé como realidade que tem sabor e um sabor comunicativo. Para o efeito, em sua opinião, isso passaria por gostar de estar em conjunto e aprender a saborear os textos do Evangelho de cada domingo. Em segundo lugar, por uma adaptação da Liturgia a circunstâncias diversas e, por fim, pela qualidade do canto litúrgico inspirado na Palavra de Deus traduzida em metáforas capazes de lhe darem força e vigor comunicativo, na certeza de que não se pode cantar Deus dizendo seja o que for ou em música sem qualquer qualidade. É uma condição para que o canto se torne lugar de dicção de Deus, fonte de prazer e de alegria.


In Jornal Diário
2008-04-07 02:15:00

terça-feira, 1 de abril de 2008

II Domingo da Páscoa

Aqui nesta Folha estão algumas das razões que me levam a participar na Eucaristia dominical. Clique na imagem


Haverá sempre um desconhecido a caminhar ao nosso lado?




Haverá sempre um desconhecido a caminhar ao nosso lado?


Parece ser essa a fé ou a sorte dos cristãos. Para aí aponta a experiência dos dois discípulos de Jesus que se dirigiam em direcção à aldeia de Emaús, após os acontecimentos relacionados com a trágica morte de Jesus.Aqueles dois caminham profundamente desiludidos. São eles que o dizem: “Nós esperávamos que fosse Ele...” Mas, pelo que se vê, para eles, tudo se acabou. A vida como que perdeu sentido. Nada lhes resta senão voltar para casa.É no meio do seu abatimento que o Ressuscitado, qual Desconhecido, se aproxima daqueles dois caminhantes. Todavia, aquele Jesus que tinham conhecido e que se fazia particularmente próximo dos que andavam oprimidos e cansados, dos pobres, dos pequenos e até dos pecadores, era, para eles, um assunto do passado. Não podiam imaginar que aquele Desconhecido que os interpela no caminho, pudesse ser Jesus Ressuscitado a aproximar-se deles, precisamente, quando “caminhavam abatidos” e sem esperança. Era caso para dizer que se tinham esquecido do aviso de João Baptista: “Está Alguém no meio de vós, que vós não conheceis!” É uma presunção que parece aplicar-se bem ao Ressuscitado.Afinal, vai ser só quando Aquele Companheiro de viagem explica aos dois peregrinos de Emaús aquilo que aconteceu, à luz das Escrituras e aceita entrar em casa deles, pondo-se à mesa com eles e procedendo à fracção do pão, que aqueles dois caminhantes vão reconhecer n'Aquele Desconhecido, a presença do Ressuscitado. É certo que não vão poder apoderar-se daquela presença porque o Ressuscitado não se deixa ficar sob o seu controlo ou sob o seu domínio. Mas ganham alma nova e força para “voltar para Jerusalém” levando a todos a alegre mensagem da presença de Jesus Cristo Vivo no coração da vida humana e no coração dos crentes.Perante tudo isto, é legítima a questão: Onde encontrar, hoje, o Ressuscitado?São-nos deixadas algumas referências a saber: No confronto com os acontecimentos, mesmo os mais decepcionantes e perturbadores da existência humana. No esforço de os entender à luz de uma compreensão da Palavra de Deus ou das Escrituras e no gesto eucarístico do partir do pão. São estes os lugares a partir dos quais os discípulos de Jesus Cristo devem sentir-se enviados a testemunhar benevolência, atenção, solidariedade, prática orante e promoção da dignidade, de modo a que, mediante uma existência conduzida segundo o Evangelho, tornem visível, na medida do possível, o Rosto do Ressuscitado no meio dos seus contemporâneos.

2008-03-31

quarta-feira, 26 de março de 2008

Quando a última palavra não é de morte, mas de ressurreição!



Padre Cipriano Pacheco- Vigário Episcopal em S. Miguel, Açores


Quando a última palavra não é de morte, mas de ressurreição!




O que a celebração da Páscoa nos revela, no caso de Jesus, é que a última palavra, realmente definitiva, pronunciada por Deus sobre a história humana, não é uma palavra que pertence à morte, mas uma palavra de Ressurreição.Ao ressuscitar o crucificado Jesus, Deus como que autentifica os caminhos seguidos por Jesus no exercício da sua missão. Ao ressuscitá-lo, Deus atesta que esteve ao seu lado até ao fim. É a identificação de Deus com os ideais e caminhos trilhados por Jesus.Deste modo, a ressurreição, como palavra última do Deus de Jesus sobre a existência humana, torna-se horizonte de sentido para a vida de todo o ser humano. É que, tratando-se de um Deus-Amor, só deseja a vida – não uma qualquer – mas uma “vida em abundância” para todo o crente.Por alguma razão, mais do que perder-se em explicações sobre como é isso de ressurreição, as narrativas evangélicas têm como objectivo atestar a verdade da identidade pessoal entre o crucificado e o ressuscitado. Este, sendo portador de um novo modo de existência, nem por isso é um fantasma. O Jesus ressuscitado é o mesmo que percorreu os caminhos da Palestina dando testemunho de um Deus capaz de tudo pela vida dos humanos. Neste sentido, se entende a afirmação do apóstolo S. Paulo quando diz que “se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé”, pois que, nesse caso, a própria mensagem evangélica ficaria reduzida à categoria de “preceitos humanos”. Na perspectiva paulina, a ressurreição de Jesus é algo que se situa ao nível dos fundamentos da fé cristã. Nela, a humanidade tem a porta aberta para um modo outro ou diferente de viver plenamente com Deus.Assim sendo, a questão que se levanta para os cristãos de todos os tempos é a de saber como viver o quotidiano da sua história pessoal, no tempo em que ainda não tiverem feito a passagem definitiva para uma tal forma de existência própria de seres plenamente ressuscitados à semelhança de Jesus. Segundo o apóstolo Paulo, trata-se de procurar uma conduta humana inspirada no mesmo espírito que habitou Jesus. Para o efeito, apenas se exige da parte dos crentes a abertura ou acolhimento indispensáveis que permitam, no dizer do apóstolo, que o Espírito que animou Jesus seja “derramado em nosso corações”.Traduzindo em termos mais concretos, para começar a viver já uma vida humana marcada pela ressurreição de Jesus, talvez um bom caminho pudesse ser o indicado pelo profeta Miqueias, que reduz ao essencial uma conduta autenticamente cristã, a saber: “Praticar a justiça, amar com ternura e caminhar humildemente com Deus na história”. Neste caminho, a ressurreição de Jesus introduz, em especial, a alegria e a esperança.


In Jornal Diário- online
2008-03-24 04:29:00

Caíu-lhe em cima a maldição da cruz!



Tomo a liberdade de transcrever crónicas editadas pelo Jornal Diário on-line dos Açores



Cipriano Pacheco



Caíu-lhe em cima a maldição da cruz!



O autor do quarto evangelho diz que Jesus “veio para o que era seu”, mas, ao contrário do que seria de esperar, “os seus não o receberam”.Que assim foi, aí está o próximo Domingo de Ramos com as celebrações da Semana Santa, a fazerem a memória do acontecido. Na verdade, Jesus acaba condenado e crucificado na condição de um “maldito”, nos termos da religião do seu tempo. É caso para perguntar: - O que esperavam “os seus” para não o receberem?É que, pelos vistos, “o que veio” não era aquele que eles esperavam. Sabe-se que esperavam “o Messias”, mas, tudo leva a crer que “o que veio” não correspondia ao perfil messiânico que “os seus” tinham nas suas cabeças.Ao que parece, esperavam um Messias ao jeito dos poderosos do mundo, como Alguém que se impusesse pela força, cavalgando os trilhos do poder, qual espécie de monarca com trono e tudo, incluíndo exército às suas ordens para se defender. Afinal, deparam-se com uma figura humana despojada, apenas com a força da sua palavra e dos seus gestos, a força da Verdade contra as imposições dos que se apoderaram da Lei de Moisés para impor o seu poder.Se calhar, esperavam um Messias implacável, duro de coração, muito determinado, como agora se diz, a impor os seus caminhos contra tudo e contra todos. No entanto, confrontam-se com alguém para quem a fidelidade não se opõe a liberdade. Alguém capaz de ternura, compaixão e misericórdia sem medida.Fica-se com a impressão de que esperavam um Messias absolutamente separado do mundo dos impuros, dos pecadores, alguém intocável, completamente isento de impurezas rituais, imperturbável e insensível. Mas, o que vêem em Jesus é alguém que se cruza nos caminhos da Palestina com toda a espécie de gente, desde cumpridores rigoristas da Lei até pecadores e pecadoras, a quem convida e com quem se senta à mesa, libertando os que se lhe apresentam abatidos ou oprimidos, deixando-se tocar pelos que lhe suplicam, sejam judeus ou pagãos.Se, na verdade, esperavam um Messias que viesse legitimar a superioridade e a imposição aos outros povos do particularismo judaico, bem como a supremacia religiosa bem expressa no culto centrado no Templo de Jerusalém, enganaram-se. O que vêem Jesus advogar é um Templo que seja “casa de oração para todos os povos”. Vêem que Jesus fala de um Deus diferente e novo, para o qual “amar a Deus acima de tudo e ao próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios”. E, como se não bastasse, leva à relativização do Templo ao ponto de dizer que os “adoradores que o Pai deseja” são aqueles que “o adoram em espírito e verdade”.Como se pode ver, Jesus com um tal perfil de Messias não podia acabar senão na cruz.

sábado, 22 de março de 2008

Ressuscitou!


quinta-feira, 6 de março de 2008

Sobre o Inferno- Daniel de Sá


Sobre o Inferno(Que diria o padre António Vieira a respeito das declarações de Bento XVI acerca do Inferno e das reacções que se geraram por causa delas? Talvez algo não muito diferente do que aqui se diz, embora mais bem dito, sem dúvida alguma.)



“Ecce Agnus Dei, ecce qui tollit peccatum mundi.” Assim S. João Baptista apresentou Cristo aos penitentes que acudiam ao baptismo a pedir perdão das suas culpas. “Eis o Cordeiro de Deus, eis aquele que tira o pecado do mundo.” Porém eu vos digo que grande mal houvera Cristo de trazer à humanidade se viera para tirar os pecados do mundo. Porque já as más acções não levariam ninguém ao Inferno, nem por míngua das boas se não iria ao Céu. Vedes mais desconcerto do que se assim fosse? Porque é tão desgraçada a condição da alma humana que, se com grande temor não é imposta a lei, é o mesmo haver lei como não haver. Pois se com haver a lei de Deus, que tem promessas de Céu e ameaças de Inferno; e se com haver a lei humana, que tem justiças de cadeias, e de prisões, e de açoites, e de forca, e de muitos outros e variados tormentos, não há bondade nos homens ou se não toleram uns aos outros, que seria do mundo sem justiça divina nem lei humana? E se é certo que desta pode fugir o criminoso, à de Deus jamais nunca há-de fugir. Porém não falta quem viva como se, por não ver Deus enquanto faz o mal, não fosse visto por Ele. Néscios somos, que tão ligeiramente levamos as coisas desta vida, com risco de tão pesadamente sofrermos as da outra. E isto que uma é breve, e logo se acaba; e a outra é eterna, e nunca finda.


Mas será que Cristo não tira ao mundo os pecados, tal como disse S. João Baptista? Ora o santo profeta, inspirado por Deus, certamente não se enganou. Porém há uma condição para que Cristo perdoe os nossos pecados, e assim no-los tire da alma, e do mundo porque dela os tira. “Remittuntur ei peccata multa, quoniam dilexit multum.” Muitos pecados lhe são perdoados, disse Cristo da mulher que Lhe lavou os pés em casa do fariseu, porque muito amou. E este é o preço por que Cristo tira o pecado do mundo, que o não faz somente pelo seu sangue senão que nos pede também a nossa parte, que é o amor. Porém outra condição há para que Deus perdoe os pecados dos homens. Mas não de todos, senão de alguns. “Pater, dimitte illis; nom enim sciunt quid faciunt.” Já moribundo estava o Cordeiro Divino quando pediu ao Pai que perdoasse aqueles que O matavam, porque não sabiam o que faziam. Ergo, Deus não perdoa de qualquer modo, senão que o faz por duas razões: ou por amor ou por nescidade. Porque néscio não é mais nem é menos do que aquele que não sabe. “Nesciat sinistra tua quid fasciat dextera.” Vedes? Não saiba a tua esquerda o que faz a direita. Mas se aqui se louva que tão caladamente se faça o bem que nem saiba a mão esquerda o que a direita faz, não saber as coisas de Deus só pode ser louvado pelo Demónio. Será justo, pois, que aqueles que não quiseram saber de Deus enquanto não podiam vê-Lo, como se não lhes bastasse ver Cristo em cada um dos irmãos, O vejam quando já sabem que é isso a felicidade eterna? Certamente que não, irmãos. Tratai pois de saber quanto podeis e de amar como deveis. E assim vos não há-de consumir o temor do Inferno nesta vida nem o de não ver Deus na eternidade. Que esta cegueira, ou frígida ausência, é o único fogo que há no Inferno, e não outro.


Daniel de Sá

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

"Senhor, dá-me dessa água"





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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

"Cada instante é de Deus"



Limpar a casa não das tarefas que me fazem feliz. A gente limpa a casa e...a casa está suja...ele é a gata que nas suas tropelias escaqueira o abat-jour do candeeiro ou a cadela que larga pêlos ou nós ao virmos do quintal trazemos terra nas solas. Mas de vez enquando tem que ser...mesmo a contragosto. Hoje fiz uma limpeza "de tarelo" ao meu quarto, deitei papeis e jornais rançosos ao lixo e encontrei no meio daquela tralha toda este bilhetinho que partilho. Peguei nele e de repente senti-me transportada a Roma. Está quase a fazer um ano que lá estive. Na véspera de regressar estava eu de cabeça baixa e o Fernando, Sacerdote Argentino de sorriso luminoso de quem Crê, pergunta o que se passa, explico que já estou com pena de partir no dia seguinte. O Fernando sorri ainda mais e escreve no meu bloquinho de notas o recadinho que hoje me fez passar da tristeza à alegria. De facto cada instante é um instante, uma migalha que o Pai nos dá, saibamos saboreá-la "Demos graças, então"
Obrigada Fernando!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Boas Novas






No site http://www.h2onews.org/ tem boas novas em diversas línguas entre elas o português, algumas delas locucionadas (as em português de Portugal e algumas em inglês) pelo meu querido amigo Padre Tobias Rodrigues que paroquiou em Santa Maria

sábado, 12 de janeiro de 2008

Mea culpa para a minha muito querida amiga Aurora

O meu humilde Mea Culpa
Deus tenta fazer em cada um de nós a Sua Epifania. Somos quando a isso nos dispomos manifestação e presença, pelo que estarmos na companhia dos homens é estarmos na companhia de Deus. Mas como nem sempre somos boa companhia porque frágeis canas fustigadas pelo vento, por vezes isolamo-nos uns e redimimo-nos outros. Se fui causa de escandalo, redimo-me, ou tento.
Para ti, querida Aurora, o meu abraço carinhoso e fraterno

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Os quatro elementos

Desta vez a "provocação" veio do Mil imagens (www.thousandimages.com): Uma fotografia que ilustre o tema "os quatro elementos"

É esta a minha resposta ao desafio

Preparação das Sopas do Espírito Santo

Sobre a terra
os caldeiros
Dentro dos caldeiros
a água
Entre a terra e os caldeiros
o fogo
que cozerá a carne
mergulhada na água
dentro dos caldeiros.

No ar o Ruah
que sopra no coração do homem
que acende o fogo
e prepara as sopas
que irmanam os homens
à volta da mesa.

Viva o Espírito Santo!!!! Vivóóóó!!!!




Gostaria que quem passe por aqui leia http://derrotarmontanhas.blogspot.com/2007/12/ruah.html

Abraço fraterno

domingo, 6 de janeiro de 2008

“Que Lhe oferecemos nós?”

“Que Lhe oferecemos nós?”

Hoje os Cristãos celebram a Epifania de Jesus, a manifestação de Jesus a todos os homens representados pelos Magos, que fizemos reis, do Oriente. Estes ofereceram-lhe Ouro porque reconheceram nele o Rei, Incenso porque reconheceram nele o Deus (Como sabemos o incenso desde tempos imemoriais é utilizado para a purificação dos templos e dos altares e é uma forma de louvar a Deus, por isso, nesta oferta é patente o reconhecimento da natureza divina de Jesus) e Mirra porque reconheceram nele o Homem (aqui é preciso referir para quem desconhece e somos muitos, que a Mirra era utilizada para embalsamar os corpos antes de serem encerrados nos sarcófagos, por isso esta oferta é um reconhecimento da humanidade de Jesus).

“E nós? Que Lhe oferecemos nós?