quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Tempo de oração- Retiro na Cidade


Todo o tempo é tempo de oração. Iniciamos, hoje, o Tempo de Quaresma, tempo de reflexão sobre o nosso caminho para o Pai, sobre qual é este caminho e como o percorrer. Aqui http://www.retraitedanslaville.org/ podemos fazer um retiro sem sairmos do nosso espaço físico de todos os dias. Infelizmente é em francês, o que nos limita. Em português (e obrigada pela informação à Maria) há retiros na Fraternidade Missionária Verbum Dei http://www.verbumdei.org/modules.php?name=Documentos&MODE=SHOW&PAGE=Retiros%20na%20Vida%20Diária

Abraço fraterno


Tradução da proposta de reflexão de hoje em http://www.retraitedanslaville.org/:


"Jesus disse aos Seus discípulos: “ Quanto ao lugar para onde Eu vou vós sabeis o caminho.” Tomé diz-lhe : “Senhor, nós nem sabemos para onde vais. Como saberemos o caminho?” Jesus diz-lhe: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.”” (Evangelho segundo S. João, capítulo 14, versículos 4-5.)Se perguntarmos à maioria dos Cristãos qual o objectivo da sua viagem, muitos responderão: “mas de que viagem se trata?” E se lhe precisamos: “trata-se da viagem que iniciastes aquando o vosso baptismo…”, eles ficarão mais surpresos, ainda. É no entanto de uma viagem que se trata. Propomos-vos neste início de retiro que retomeis consciência desta dimensão da nossa vida cristã: Uma viagem que nos compromete a um caminho. Deste caminho, nós conhecemos o seu ponto de partida: o nosso baptismo. Porque o baptismo é uma Páscoa, uma passagem, a passagem dos Hebreus através do Mar Vermelho, a passagem de Jesus nas águas do Jordão, a nossa própria passagem pela Paixão e Ressurreição de Jesus. E esta passagem abriu ao povo Hebreu um caminho para o deserto onde esteve durante quarenta anos antes de entrar na Terra Prometida, para Jesus, um caminho para a Cruz e a Glória, para nós , este caminho que nós começámos a percorrer e que importa agora que reconheçamos.Onde estamos nós nesse caminho?A vida Cristã não se apresenta como uma estrada bem delimitada. Trata-se sobretudo de entrar no caminho, de abrirmos o nosso caminho cuja originalidade é que ele é totalmente nosso e que ele corresponde à nossa verdadeira capacidade de liberdade.A nossa existência familiar, profissional, política pode realizar-se segundo rotas bem determinadas por painéis de informação que é suficiente apenas seguir. Para a nossa vida cristã é preciso sair dessas estradas e entrar no caminho. E deste caminho, é preciso de imediato determinar a orientação, uma orientação mais fundamental que todas as outras que nos caracterizam aos olhos dos nossos contemporâneos.Esta orientação tem uma fonte, real, profunda, e essa fonte é a oração.Na oração, nós somos conduzidos a deixar tudo o que nos leva ao domínio do espectáculo, nós somos convidados a entrar num certo segredo. Escutemos Jesus sobre este assunto:« Quando rezardes, não sejais como os hipócritas: eles, para fazerem as suas orações, gostam de levantar nas sinagogas e nos seus átrios, para que sejam vistos. Em verdade, vos digo, eles já tiveram a sua recompensa. Para ti, quando rezares, retira-te para o teu quarto, fecha atrás de ti a porta, e ora ao Pai que está lá em segredo. E o teu Pai que vê em segredo te dará a recompensa.” (evangelho segundo São Marcos, 6, 5-6)O primeiro fruto da oração é que se opera uma conversão: nós temos que nos virar para este “Outro” que é o Pai. Esta conversão inicia toda uma simulação de nós mesmos: ela faz calar as vozes, os ruídos e faz-nos entrar no segredo e no silêncio. Retomemos ao ensinamento de Jesus: “Nas vossas orações não desfieis frases ocas como os gentios: eles imaginam que falando muito se farão escutar melhor. Não façais como eles porque o vosso Pai sabe bem o que vos faz falta antes que Lho peçais.”Se o Pai não precisa de ser informado das vossas necessidades, somos conduzidos a compreender e a fazer nossa a admirável fórmula de Santo Agostinho: “Na oração, não se trata de instruir Deus, mas de construirmos a nossa vida.”Simultaneamente descobrimos que este caminho que tentamos seguir não é outro senão o próprio Jesus, o Verbo feito carne, fonte verdadeira de vida.Onde nos leva o caminho assim identificado com a pessoa de Jesus? Ouçamo-lo ainda: “ Vós portanto, orai assim: Pai nosso que estais nos Céus, santificado seja o Vosso nome, venha a nós o Vosso Reino, seja feita a Vossa vontade.”Eis aqui definidos os três pólos dominantes desta jornada que iniciámos depois do nosso baptismo: através das nossas ocupações, nossas pesquisas, nossas actividades, nossos trabalhos e no complexo tecido das nossas existências, nada menos do que santificar o Nome do Pai, de acolher o Reino do Filho e cumprir a Sua vontade segundo o sopro do Espírito."

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