sábado, 20 de fevereiro de 2010

Retiro na cidade - 2


A palavra de Deus:
31Então, Jesus pôs-se a dizer aos judeus que nele tinham acreditado: «Se permanecerdes fiéis à minha mensagem, sereis verdadeiramente meus discípulos, 32conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres.»
Evangelho segundo São João, 8, 21-32




Redescobrir o gosto pela verdade




Confrontados com o desafio de sermos livres diante do olhar de Deus, deixemo-nos dizer por Cristo: «A verdade vos libertará!». Mas não corremos o risco de achar estas palavras mais paralisantes do que efectivamente libertadoras? Não corramos o risco de sermos intimidados pela verdade, sobretudo quando se revela que a verdade em questão não é nada menos que o próprio Deus! E depois: trata-se de apenas a verdade nos tornar livres, então o que gostaríamos, é de tornarmo-nos nós próprios livres?

Recordemos quem nos direge esta palavra: Cristo, descido do Pai na fraqueza da carne, mestre humilde de fardo leve, vindo para curar as doenças e libertar os prisioneiros. Não está certamente nos planos de Deus forçar-nos ao que quer que seja, ou acenar-nos com verdades esmagadoras e inacessíveis. Certamente, ele quer que nós alcancemos a verdade suprema, porque ele não saberia querer outra coisa, nem saberíamos nós satisfazer nada menos - mas ele quer antes do mais, para isso, que nós redescubramos o gosto pela verdade: o gosto do que há de simples, humilde e luminoso, na verdade, em toda a verdade, desde a mais banal às mais sublimes, na verdade sobre mim mesmo e sobre Deus.

É tempo de redescobrir o gosto pela verdade: o desejo de verdade, mas também, para além da amargura do pecado, a doçura da verdade.


Traduzido de: http://www.retraitedanslaville.org/

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