quarta-feira, 4 de março de 2009

Retiro na cidade- 05 de Março


Correr riscos e moderar a audácia


A Palavra de Deus

31Ou qual é o rei que parte para a guerra contra outro rei e não se senta primeiro para examinar se lhe é possível com dez mil homens opor-se àquele que vem contra ele com vinte mil? 32Se não pode, estando o outro ainda longe, manda-lhe embaixadores a pedir a paz. Lucas 14, 31 (bíblia dos Capuchinhos)

A meditação


Um obstáculo, não é apenas o que nos faz parar : pode ser qualquer coisa que nos estimula, porque há em nós uma ímpeto que instintivamente nos empurra a enfrentar os obstáculos: a audácia. A audácia, é o gosto do risco, o gosto da aventura, o espírito de iniciativa… Esta audácia natural, é por exemplo o que empurra qualquer um a tudo deixar para viver o que o apaixona.


Para quem se quer lançar á conquista do Reino de Deus, e que sabe que isso implica arriscar-se, a audácia é primordial: como é preciso audácia a uma ordem religiosa para fundar um convento numa cidade, para trabalhar para montar a sua própria empresa, a um casal para acolher crianças -a qualquer um em mais cem outras circunstâncias.


A audácia é uma coisa boa e necessária, mas a sabedoria convida-nos a num justo meio termo. Que ela não se torne temerária nem inconsciente! Um sábio diria que agir prontamente, não é agir precipitadamente: a acção pronta é louvável, desde que a reflexão a preceda e que ela seja acompanhada de numerosos conselhos; mas agir precipitadamente, sem nos formarmos ou informarmos, sem sabermos onde vamos e até onde poderemos ir, não seria pecado por precipitação e imprudência? Que o Senhor me ajude a ter audácia, uma audácia verdadeira: uma audácia ardente, mas também justa e verdadeira, medida e duradoura!

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