terça-feira, 10 de julho de 2007























Do dicionário Porto Editora de Lingua Portuguesa online

"fé:
substantivo feminino
1.
crença absoluta na existência ou veracidade de certo facto; convicção íntima;
2.
compromisso de fidelidade à palavra dada; lealdade;
3.
confiança absoluta (em algo ou em alguém); crédito;
4.
RELIGIÃO adesão aos dogmas de uma doutrina religiosa considerada revelada;
5.
RELIGIÃO (Catolicismo) primeira das virtudes teologais, graças à qual se acredita nas verdades reveladas por Deus;
6.
qualquer crença religiosa; religião;
7.
comprovação de um facto; prova;
acto de fé gesto ou atitude que exprime a profunda convicção de uma pessoa em relação a uma causa ou a uma ideia; "




Ver para crer é a antítese da Fé. Acreditar no que vemos é fácil. Nascemos com o sentido da visão (os que não nascem com este sentido apuram os outros em "substituição") mas não nascemos com Fé. Esta, é uma caminhada, uma aprendizagem, um crescimento contínuo, muitas vezes com avanços e recuos, questionamento permanente. Quem não questiona, não duvida, não se inquieta é "cego", tem antolhos ou acomodou-se de tal forma que tanto se lhe dá.


O ser humano é complexo. Sempre me impressionou pela negativa os folclores criados à roda da Fé. A primeira vez que fui a Fátima (oferta de aniversário natalício que uma querida amiga me fez) fiquei estarrecida com o queimar das ceras das velas, uma fogueira imensa da qual se desprendia um calor de "inferno" Sempre pensei que seria incapaz de acender uma vela naquele local. Ao olhar a Silvia, coreana a estudar em Roma e a quem acompanhei junto com mais dois amigos ao Santuário, mudei de opinião. Ela comprou "meia dúzia" de velas chegou-se de vagarinho ao "crematório", acendeu cada uma delas e ao acendê-las orava silenciosamente. Poderei jurar que a oração diria: "Mãe, toma-o nos teus braços e coloca-o no colo do Pai". O rosto dela imanava uma claridade serena. Quando voltar a Fátima irei acender velas e fazer a mesma oração. Quem diria, não é? Nem eu...


Ai de aquele que só tem certezas...não se questiona... Continuo a questionar os "folclores" a exploração das boas Fés, mas acredito no Deus Pai, no Deus do amor, tenho Fé e, se acender uma vela é estar em comunhão, é colocar aos Seus pés aqueles que, quanto a mim, estão carentes do tal colo, embora eu saiba que como Pai Ele está atento e aí vêm as questões que se Ele é Pai sabe o que precisamos e não é preciso pedir e por ser Pai nada deve ser agradecido... não faz mal nenhum puxar a barra do Seu manto nem dizer obrigada. Eu faço isso ao meu pai, porque não fazê-lo a Ele? (sugiro a leitura de "Recuperar a Criação" de Torres Queiruga)



O resto são questões terrenas, humanas, tolices... "Areias Teológicas" como diria o nosso querido Irmão Silencio.



Amen

Sem comentários: