quinta-feira, 18 de março de 2010

Retiro na cidade - 30

Imagem tirada de: http://www.movimentoescalada.org.br/wordpress/2009/06/celebrar-corpus-christi-e-se-transformar-pelo-amor-de-deus/

A palavra de Deus
ele começou a passar privações.
Evangelho segundo São Lucas, capítulo 15, versículo 14

Morrer de fome

Na vida de fé, somos constantemente convidados a irmos além do que os olhos vêem. O amor da beleza, o amor às honrarias, o fascinação da religião são perfeitamente normais. O amor incondicional do irmão é mais raro. No centro da nossa fé católica encontra-se um pouco de matéria, um pouco de pão e um pouco de vinho. Dirigir o nosso amor para qualquer coisa impessoal não é escândalo. O perigo não é que a alma duvide se há ou não pão e vinho mas que ela se persuada por uma mentira de que já não tem fome.

Admitamos humildemente que estamos morrendo de fome.
Se somos habitados pela falta, pela busca, pelo desejo, se nós fugimos das tranquilas certezas dos proprietários, então um festim espera-nos e o próprio Senhor nos servirá.
Não é o que se passa no final da parábola?

Deus não se faz esperar: É sempre Ele que nos espera nas encruzilhadas das nossas estradas humanas. Na eucaristia existe uma estreita ligação entre a nossa fome e a fome dos outros. É alimentados pela força do Senhor que seremos capazes de ter actos que propaguem vida à nossa volta. Acreditemos: todo o gesto de ternura para com os outros situa-nos no próprio Deus

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